Meus Objetivos

Meu objetivo é me comprometer com um trabalho ético e com o desenvolvimento do potencial positivo do ser humano.

Idealizador


  • Gustavo Leal

    Psicólogo (CRP-23/01833)

    "Somos quem somos, porque estamos em contato com os outros - Hycner.".

"Viver é estar em contato"

(Jorge Ponciano Ribeiro).

Artigos

Aqui você pode encontrar artigos sobre diversos assuntos relacionados à Gestaslt-Terapia.

  • Psicoterapia para Estudantes de Psicologia

     



        Apesar de a psicoterapia não ser uma obrigação (e nunca será), ela é importante para a experiência do estudante de psicologia que ingressou no curso e deseja atuar como psicólogo, seja na área organizacional, social, hospitalar ou (principalmente) na psicologia clínica.

        A psicoterapia é um investimento que você faz em você mesmo. Neste processo, você dedicará um tempo para se conhecer, entender seus sentimentos, como suas crenças interferem no seu comportamento, vai te auxiliar e lidar melhor com os conflitos que naturalmente ocorrem na vida. E mais que isso, estar em um processo psicoterapêutico, vai deixar o estudante mais “afiado” para o que o espera após o término da faculdade, te ajudando a ter uma compreensão de como a psicologia funciona para além da teoria.

        O quanto antes o estudante iniciar o processo psicoterapêutico, melhor. Assim ele pode experimentar as abordagens disponíveis: psicanálise, análise do comportamento, terapia cognitiva, psicodrama, gestalt-terapia, entre muitas outras. Este processo pode ajudá-lo a identificar com qual abordagem você sente mais afinidade.

        Pensando nisto, iniciei um projeto que permite que o estudante de psicologia tenha acesso à psicoterapia com condições exclusivas. Se você é estudante e tem interesse em iniciar a psicoterapia, preencha o formulário no link abaixo. Você vai precisar apenas de um comprovante de matrícula atualizado. 


    PREENCHER FORMULÁRIO


    Gustavo Vinicius Martins Leal

    Psicólogo (CRP - 23/001833)

    Gestalt-terapeuta


  • Certificados - Grupo Tocantinense de Estudos em Gestalt-Terapia




    Segue abaixo os certificados dos participantes da primeira edição do Grupo Tocantinense de Estudos em Gestalt-Terapia.


  • Inscrições - Grupo Tocantinense de Estudos em Gestalt-Terapia




    INSCRIÇÕES

    As inscrições serão realizadas por meio da plataforma SYMPLA, assim como a transmissão do Grupo de Estudos.  Primeiramente você precisa ter instalado em seu dispositivo tablet, celular ou computador o aplicativo ZOOM. Quando você realizar a inscrição no Grupo de Estudos, você receberá um e-mail confirmando sua inscrição e com um link de acesso ao ZOOM - não se esqueça de verificar sua caixa de SPAM.

    Você também pode acessar o grupo de estudos por meio do SITE DA PLATAFORMA SYMPLA, seguindo as instruções deste VIDEO

    As inscrições estarão abertas até o dia 12/08/2021.

    Para realizar sua inscrição, clique AQUI


    EMENTA

    Abordar-se-á no Grupo Tocantinense de Estudos em GestaltTerapia: 1) os fundamentos epistemológicos e as influências filosóficas da abordagem Gestáltica, relacionando-os com a prática clínica; 2) Ansiedade; 3) Luto, Suicídio e Comportamentos Autodestrutivos; 4) Transtorno do Espectro Autista; 5) Espiritualidade e Gestalt-Terapia; 6) O uso de recursos na clínica infanto-juvenil e; 7) a Arte como Via de Acesso à experiência do cliente.
     
    OBJETIVO GERAL
     
    O Grupo tem como objetivo introduzir os fundamentos epistemológicos e influencias filosóficas da Gestalt-terapia bem como sua aplicação na prática clínica. Abordar temas relevantes que possam auxiliar o estudante ou profissional de Psicologia a compreender o manejo clínico da abordagem Gestáltica relacionados a esses temas.
     
    OBJETIVOS ESPECÍFICOS
     
    Dentre os objetivos específicos do curso estão:
    1. Compreender as filosofias existencial, humanista e fenomenológica e como se aplicam na prática clínica;
    2. Compreender como a as teorias de bases se relacionam com a prática da abordagem gestáltica;
    3. Compreender como a arte pode auxiliar no acesso à experiência de vida do cliente na prática clínica;
    4. Compreender o Transtorno do Espectro Autista na ótica da abordagem Gestáltica;
    5. Compreender como o uso de recursos na clínica infanto-juvenil pode contribuir para a condução do manejo clínico;
    6. Compreender como a Gestalt-Terapia compreende o Luto, Suicídio e Comportamentos Autodestrutivos;
    7. Compreender a Ansiedade a partir da ótica da Gestalt-Terapia;
    8. Compreender o aspecto humano da Espiritualidade a partir da Gestal-Terapia.
     
    CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
     
    1ª Unidade - 13/08/2021: Influencias filosóficas da Gestalt-Tearapia;
    2ª Unidade - 27/08/2021: Fundamentos Epistemológicos da  Gestalt-terapia;
    3ª Unidade - 10/09/2021: A Arte como via de Acesso à Experiência Vivida do Cliente;
    4ª Unidade - 24/09/2021: Transtorno do Espectro Autista e Gestalt-Terapia;
    5ª Unidade - 08/10/2021: A criatividade e o uso de recursos na clínica Infanto-Juvenil;
    6ª Unidade - 22/10/2021: Luto, Suicídio e Gestalt-Terapia;
    7ª Unidade - 05/11/2021: Dialogar com a Ansiedade;
    8ª Unidade - 19/11/2021: Espiritualidade e Gestalt-Terapia .
     
    MÉTODO DE TRABALHO

    Aulas ONLINE (ao vivo) expositivas, dialogadas e participativa.

    INVESTIMENTO

    Estudante de Graduação

    Profissionais e Estudantes de Pós-Graduação

    R$200,00*

    R$230,00*

    *obs: acréscimo de 10% da taxa de serviços cobrado pela plataforma SYMPLA. Pagamento único que lhe permite acesso à todas as sessões do Grupo de Estudos. Possível parcelar em até 12x. 

    Haverá emissão de certificado.


    PARCERIA


    ONG - ARTE DE AMAR: A Organização Arte de Amar foi desenvolvida com o intuito de ajudar instituições e comunidades que necessitam de ajuda.

    Antes da pandemia, já em uma crise política, cerca 37% da população brasileira vivia em situação de insegurança alimentar. Após o inicio da pandemia, os dados mostram que esse numero saltou para 59% - cerca de 125,6 milhões de brasileiros (FONTE). Pensando nisso, a cada inscrito no Grupo de Estudos, uma cesta básica será doada para uma família em Situação de Insegurança Alimentar.


    PROFESSORES CONVIDADOS


    Gustavo Vinicius Martins Leal : Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (CRP: 23/ 1833), PUC-G. Atuou no Centro de Referência Estadual da Igualdade - CREI, responsável por atendimentos à população em vulnerabilidade social: mulheres vitimas de violência doméstica, vitimas de racismo, atendimento ao publico LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, Queer, Interssexual e Assexual). Especializando em Gestalt-Terapia pela PUC-GO em parceria com o Instituto de Treinamento em Gestalt-terapia de Goiânia - ITGT. Atua como psicoterapeuta com ênfase na abordagem gestáltica: atendimento adulto, adolescente e família. CURRICULO LATTES



    DENISE BORELLA: Possui graduação em Bacharel e Psicologia pela Pontifícia Universidade Goiás (2009), especialização em Gestalt-Terapia pelo Instituo de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia - ITGT. Professora auxiliar, orientadora e supervisora no ITGT. Professora auxiliar e supervisora de estágio; orientadora e pesquisadora da Abordagem Gesltáltica no Curso de Psicologia da Anhanguera Educacional. Psicoterapeuta na Clínica Sinapse - medicina e psicologia, realiza atendimentos individuais e grupos de supervisão. Tem experiência na área de Clínica, Saúde, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino Psicoterápicos atuando principalmente nos seguintes temas: gestalt-terapia, processo psicoterapêutico, fenomenologia, método fenomenológico, pesquisa qualitativa, existencialismo dialógico e psicologia da saúde. CURRÍCULO LATTES




    CINTIA LAVRATTI: Gestalt terapeuta. Psicoterapêuta e Supervisora. Formação em Terapia Familiar Sistêmica. Mestre em Psicologia pela (UFPA). Foi professora e Supervisora Clínica da Universidade da Amazônia durante 19 anos; Sócia fundadora e Diretora acadêmica  do CCGT - Centro de Capacitação em Gestalt Terapia;  Professora convidada em diversos institutos de Gestalt-terapia em âmbito nacional. Organizadora e autora de livros e co-autora em outras publicações em Gestalt-terapia.  Membro diretora da Associação Brasileira de Gestalt-terapia. (biênios 2017-2018 e 2019-2020). CURRÍCULO LATTES



    MARCELA JUNQUEIRA: Psicóloga (PUC-GO). Especialista em Gestalt-Terapia (ITGT/PUC-GO). Especialista em Psicologia e Transtornos do Espectro Autista (UNIARA). Formação Clínica em Gestalt-Terapia Infantojuvenil. Psicóloga Clínica de crianças, adolescentes, adultos e famílias. CURRÍCULO LATTES



    KARINA OKAJIMA FUKUMITSU: Psicóloga, Gestalt-terapeuta e psicopedagoga. Pesquisadora com ênfase nos estudos sobre processos autodestrutivos, prevenção ao suicídio, posvenção e acolhimento da vida. Pós-doutorado e doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia - USP. Mestre em Psicologia Clínica pela Michigan School of Professional Psychology – EUA. Coordenadora da Pós-graduação em Suicidologia: Prevenção e Posvenção, Processos Autodestrutivos e Luto da Universidade Municipal São Caetano do Sul (USCS). Coordenadora do Programa RAISE: Ressignificações e Acolhimento Integrativos do Sofrimento Existencial. Coordenadora, em parceria, da Pós-graduação Abordagem Clínica e Institucional em Gestalt-terapia da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Membro-efetivo do Departamento de Gestalt-terapia do Instituto Sedes Sapientiae. Autora dos livros: Programa RAISE: Gerenciamento de Crises, Prevenção e Posvenção do Suicídio em Escolas (Phorte Educacional); Suicide and Bereavement; Sobreviventes Enlutados por Suicídio: Cuidados e Intervenções (Summus Editorial); A vida não é do jeito que a gente quer; Suicídio e Luto: Histórias de filhos sobreviventes; Suicídio e Gestalt-terapia; Perdas no desenvolvimento humano: um estudo fenomenológico (todos pela Lobo Editora). Organizadora da Coleção - AdoleSCER sem adoecer: conversas entre uma psicóloga e um padre (Editora Loyola). Organizadora do livro Vida, Morte e Luto: atualidades brasileiras (Summus Editorial). Organizadora, em parceria, da Coleção Gestalt-terapia: fundamentos e práticas (Summus Editorial). Organizadora, em parceria, do livro Encontros Inesquecíveis: relatos de cuidado e ética (Alínea). Coeditora da Revista de Gestalt do departamento de Gestalt-terapia do Instituto Sedes Sapientiae. CURRÍCULO LATTES



    ENIO BRITO PINTO: Psicólogo (PUC-RJ), é mestre e  doutor em Ciência da Religião (PUCSP), e tem pós-doutorado em Psicologia Clínica (PUCSP). Gestalt-terapeuta, é coordenador do Núcleo de terapia Breve do Instituto Gestalt de São Paulo e professor convidado de cursos de especialização e formação em Gestalt-terapia no Brasil. É membro do corpo clínico do Instituto Terapêutico Acolher (ITA), especializado no atendimento a religiosos católicos. É autor, dentre outros, de “Os Padres em Psicoterapia: Esclarecendo singularidades”, “Psicoterapia de Curta Duração na Abordagem Gestáltica: Elementos para a prática clínica”, “Elementos para uma Compreensão Diagnóstica: O ciclo de contato e os modos de ser", "Dialogar com a Ansiedade: Uma vereda para o cuidado", além de livros, artigos e capítulos de livros nas áreas de psicoterapia, psicologia da religião e sexualidade. CURRÍCULO LATTES



    LARA DANYLA: Graduada em Psicologia pela PUC-GO (2000), Mestra em Psicologia Social e do Trabalho pela PUC-GO (2003), Especialização em Gestalt-terapia pelo ITGT-GO. Formação em Gestalt- terapia de Curta-Duração pelo ITGT. Com mais de 20 anos de experiência em docência. Formação em Gestal- terapia e Constelação Familiar. Atualmente o foco de trabalho é em Feminilidade Consciente. CURRÍCULO LATTES

  • O corpo do Adolescente: fonte de conhecimento e consciência.


     

    A adolescência é um período onde a pessoa vai começar a passar por extremas mudanças, tanto interna, quanto externa. Internas, no que se diz respeito às introjeções ela vivencia enquanto criança, que é a “aceitação passiva” de crenças, valores, comportamentos, sentimentos e pensamentos que a criança aprende na relação com a família. Então ela irá começar a questionar tudo isso que ela “recebeu” ao longos dos anos para começar a criar sua própria percepção de mundo e de “eu”. As mudanças externas significativas são duas: a primeira em relação à vida social, onde o adolescente vai sair do seio da família e vai encontrar outros grupos (amigos, colegas) no qual ele vai querer se sentir pertencido; e o segundo, as mudanças corporais que ele irá enfrentar como o crescimento. O corpo dos adolescentes possui uma linguagem muito particular, e é preciso estar atento a essas mudanças.


    O corpo que o adolescente conhecia tão bem na infância, começa a mudar gradualmente, se tornando algo desconhecido e fora de controle. Os membros ficam maiores: ombros largos nos meninos, o alargamento das ancas e da bacia nas meninas; inicia-se o desenvolvimento dos órgãos sexuais, as meninas passarão pela menarca e os meninos conhecerão a ejaculação. Além também da “chuva hormonal” que ocorre neste período, que influencia em seu temperamento.


    Devido à mudança no temperamento, o adolescente pode apresentar uma necessidade enorme de se “movimentar”. Ele pode se tornar mais impulsivo, apresentar mais irritabilidade, desejo de chorar e descarregar suas emoções, brigas, melancolia e dormir... Dormir MUITO.


    O corpo é uma demanda importante na vida do adolescente e ele ficará em evidência pois é a partir do corpo que o adolescente vai suprir suas demandas de desejo, aceitação social. Tudo é colocado no corpo: seus sucessos e seus fracassos (eu já falei sobre autolesão na adolescência, dá uma olhada no Instagram).


    O corpo estará em primeiro plano na adolescência e a importância que o adolescente dá a seu corpo deve ser tratada em sua certa medida, evitando a desvalorização deste corpo ou o contrário, sua valorização. Isto deve ser evitado pois pode-se instalar uma percepção narcisista sobre ou então uma percepção distorcida sobre esse corpo. Você já reparou que quando se trata das vestimentas, às vezes escutamos falas como “meu corpo não serve nessa roupa” ou então “eu tenho que emagrecer para caber naquela calça”? É como se houvesse algo de errado com o corpo por não caber naquela roupa específica, mas não é. O movimento deve ser o contrário: a roupa que deve caber no corpo, não o corpo caber na roupa. Este movimento fica evidente na adolescência devido às mudanças corporais existentes e se não dado a devida atenção, poderá ter consequências em longo prazo.


    Na infância, a criança usa o corpo como “motor” para descobrir o mundo: andar, correr, cair, explorar o ambiente. Na adolescência, diante a todas essas transformações, ele vivencia uma angústia ao entrar em contato com esse corpo que também passa a ser erotizado, que é UMA das características do desenvolvimento da sexualidade no adolescente. Por esse motivo, a masturbação pode ficar evidente neste período, assim como fantasias sexuais e o desejo dirigido ao corpo do outro.


    Na minha experiência recebi em meu consultório, adolescentes profundamente angustiados com o desenvolvimento do seu corpo e as decisões que queriam tomar. Lembro-me de certa vez de uma adolescente que planejava colocar um DIU (dispositivo intrauterino) e não sabia como abordar o assunto com a mãe, pois ela dizia que a mãe nunca conversou com ela sobre seu corpo, sua sexualidade e que neste momento estava preocupada com o julgamento da mãe devido a sua decisão de usar o DIU. Neste sentido, foi necessário primeiro compreender a importância que a adolescente dava para os julgamentos da mãe e posteriormente, chamar essa mãe para uma sessão para juntas para estabelecer um diálogo entre as duas.


    O adolescente não TEM um corpo, ele É o seu corpo. E o corpo é uma fonte abundante de conhecimento e de autoconsciência, pois é por meio dele que nos relacionamos com o mundo, tanto de forma afetiva quanto de forma racional. É necessário falar sobre o corpo com seu filho adolescente e ensiná-los que essas mudanças e o que ele(a) sente é um processo natural da vida.

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    Referências: 

    Cornejo, L. (2009). Manural de Terapia Gestáltica aplicada a los adolescentes. 3a Ed., SerendipitY

    Zanella, R., Antony, S. (2016). Trabalhando com Adolescentes: (re)construindo o contato com o novo eu emergente. Em: Modalidade de Intervenção Clínica em Gestalt-Terapia. L. M. Frazão, K. O. Fukumitsu (org.). Summus Editorial, São Paulo, SP. 2016

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    Gustavo Vinicius Martins Leal

    Psicólogo (CRP - 23/1833), Gestalt-Terapeuta.

  • O outro lado da moeda: a pessoa abusiva no relacionamento.

     

    Na minha prática clinica eu me deparo com pessoas e com as mais diversas histórias que vocês possam imaginar. Uma das premissas da filosofia humanista, na qual a Gestalt-terapia embasa seu trabalho, diz que “nada que é humano, me é estranho”. Isso quer dizer, na prática, que temos que compreender a individualidade da vida de cada pessoa e não achar que isso é a coisa mais bizarra do mundo.


    No consultório eu já recebi pessoas que sofreram com relacionamentos abusivos. A pessoa que sofreu o abuso chega com uma bagagem difícil, que precisa ser ressignificada para poder seguir em frente com sua vida e fazer escolhas mais assertivas em no que diz respeito a sua vida relacional.



    Por outro lado, já recebi em meu consultório o outro lado da moeda: o abusador. Muito se fala sobre a vítima do relacionamento abusivo, rara às vezes vejo uma tentativa de compreender o abusador. E ao me deparar com uma pessoa abusiva no meu consultório e ver “o outro lado” da história, eu entrei em conflito, não vou mentir:  não foi fácil. Compreender que aquela pessoa na minha frente também é humana e que está ali na minha frente em busca de ajuda, foi difícil.  Mas percebi também que o abusador sofre também nos relacionamentos onde ele mesmo é o algoz.


    Mesmo com a chantagem emocional, com a busca por um controle rígido sobre o outro, tudo isso não é um indicativo de ausência de sofrimento que o abusador vive. E na maioria dos casos é um sofrimento vivido que não é percebido – nem por ele, nem por outros. Pode ser um sofrimento causado pelo medo de ser abandonado ou rejeitado, um sofrimento por achar que é pela força e pela coerção que ele vai fazer o outro amá-lo, porque de alguma forma na vida dele, ele aprendeu que isso é amor. E no fundo, ele sabe que não é; e é aí que o sofrimento se instala.


    Isso não muda o fato de que o abusador é responsável por suas atitudes. Ele não deve e não pode ser eximido de sua responsabilidade, pelo seu comportamento. Mas ele precisa ser compreendido também, para que ele possa perceber  que controlar, magoar, machucar o outro, é uma forma ADOECIDA de se relacionar. Geralmente o que vejo é um movimento de crucificação para com o abusador: ele é julgado, excluído, tratado como nada. Isso não produz efeito positivo algum. Isso apenas acentua a maneira adoecida de existir da pessoa que muito provavelmente, durante sua vida não foi ouvida nem compreendida por ninguém. Querendo admitir ou não, todos nós buscamos ser compreendido pelo outro de alguma forma. E quando o abusador não é ouvido e compreendido na sua existência e é apenas julgado, a ferida que já está ali, cresce ainda mais e o comportamento abusivo se mantém. O movimento precisa ser de escuta, de compreensão do abusador – o que não significa a aceitação do seu comportamento abusivo.


    O que tenho percebido é que o abusador não percebe seu comportamento abusivo como prejudicial. Em que momento da vida ela associou que o outro o ama na mesma medida em que é capaz de suportar a dor por ele causada? A não ser que a pessoa sofra de transtorno de personalidade antissocial (conhecido como “psicopata”), onde ele não demonstra empatia ou compaixão pelo outro de forma consciente, o abusador não tem a total consciência de que o que ele faz é errado. A questão é: o que acontece que ele não consegue perceber esse erro?


    O abusador precisa ser ouvido também. Eu acredito que a pessoa tenha a capacidade de se desenvolver positivamente, de mudar seu comportamento e sua forma de relacionar, a não ser que seja uma escolha deliberada e consciente em fazer o outro sofrer.

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    Gustavo Vinicius Martins Leal

    Psicólogo (CRP - 23/1833), Gestalt-Terapeuta


  • O adolescente e o uso excessivo do computador

    Geralmente, na minha prática clínica, tenho percebido que os pais se preocupam com o excesso do uso do computador por parte de seus filhos adolescentes. Geralmente, eles ficam horas na frente de um computador e as vezes esquecem do mundo lá fora; seu quarto passa a se tornar seu mundo. E o que fazer? Cortar o acesso da internet de modo radical e forçado? Geralmente os pais pensam nessa possibilidade, o que eu acho um pouco - ou nada - eficiente. Não é privando o adolescente de fazer algo que ele gosta, que ele vai apresentar melhoras sociais e relacionais (principalmente dentro da família).

    Primeiramente, é necessário entender esse "mundo" do adolescente. Percebo que na maioria das vezes, os pais possuem certa dificuldade de acessar esse mundo do adolescente. Querendo ou não, o computador é uma forma de contato que estabelece com o mundo e o computador oferece esse acesso ao mundo (literalmente) para ele. Se ele fica o tempo todo no computador, qual o significado desse comportamento? O que ele consegue encontrar nesse "mundo virtual" que ele não consegue encontrar no mundo real? E qual a responsabilidade dos pais na tentativa de compreender esse "mundo" do adolescente? Como você se relaciona com seu filho? (Eu já falei um pouco sobre as mudanças que ocorrem na adolescência, dêem uma olhada no meu perfil do instagram.)




    Obviamente, os pais precisam aprender a colocar limites e não agir de forma radical, com intenção de impedir totalmente o uso do computador. Estabelecer horários para uso da internet e de jogos é fundamental. É importante também entrar em um acordo com o adolescente, barganhar com o adolescente sobre o uso do computador. E principalmente, cumprir com esse acordo estabelecido

    Se o adolescente se isola no computador, isso tem um significado. Talvez seja um lugar onde ele sente que tem liberdade pra conversar o que ele quiser, as vezes falar palavrão com outros adolescentes (que adolescente nunca fez isso?), se expressar sem que sejam julgador ou repreendidos.

    Vale ressaltar: se ele sente que não tem essa liberdade dentro da família em se expressar, ele vai procurar isto em algum lugar. E às vezes esse lugar acaba sendo no computador.

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    Gustavo Vinícius Martin Leal

    Psicólogo (CRP – 23/1833), Gestalt-terapeuta.

    Atendimento para adolescentes e adultos.

  • Apresentando, a Gestalt-Terapia.

     



    A Gestalt-terapia é uma abordagem fundada por Fritz Perls e sua esposa, Laura Perls. A abordagem foi “inaugurada” em 1951 com o livro “GESTALT-TERAPIA”, uma obra escrita em parceria de Perls, Hefferline e Goodman.


    Precisamos compreender, antes de qualquer coisa, que a Gestalt-terapia é uma abordagem psicológica que orienta a atuação do profissional na prática clínica. Pautadas nas filosofias existencial-humanista-fenomenológica, a Gestalt-terapia se propõe a compreender como a pessoa estabelece contato; com o mundo, com o outro e consigo e sua responsabilidade diante essas relações que estabelece; resgatando seu potencial positivo e sua capacidade mudar o rumo de sua própria vida.

    Sobre a responsabilidade, podemos ler no dicionário da língua portuguesa o seguinte: “Aquele que tem condições morais e/ou materiais de assumir um compromisso”. Isso parece quase como uma obrigação, não é? Um aspecto importante da Gestalt-terapia é a tentativa de tornar a pessoa responsável por sua vida, mas não em um caráter social obrigatório onde somos obrigados a “engolir” o que é apresentado para nós. Perls tinha uma compreensão diferente sobre responsabilidade: para ele, responsabilidade significa “habilidade de responder”(Perls, 1977) . É a capacidade de cada pessoa ser em si, seu próprio suporte, ter a capacidade de dar sua própria resposta do mundo. Afinal, compreende-se também que cada pessoa é a melhor conhecedora e interprete de si mesma, uma compreensão fundamental da filosofia humanista.


    Um outro aspecto importante na Gestalt-terapia é a relação. Compreendendo a relação a partir da filosofia dialógica de Buber, eu sou capaz de me entender como um ser existente na relação com o outro. Com base nisso, a Gestalt-terapia busca uma relação “horizontal” na relação terapeuta-cliente. Não é por possuir um conhecimento teórico adquirido em 5 anos de estudos sobre o comportamento humano e mais alguns anos em especializações, que eu sei mais sobre a pessoa que está diante mim que ela mesma. A própria pessoa é sempre o ponto de partida para a compreensão de sua existência, não as interpretações que o psicólogo-terapeuta venha a ter sobre o cliente. Desta forma, eu me coloco como igual, no mesmo patamar que o cliente permitindo que ele seja ele: a pessoa que sabe as respostas para as questões de sua própria vida e junto a ele, meu papel é ajudar a desvendar, e se necessário, construir essas respostas.


    Acredito que esta seja o maior – e talvez o mais importante – diferencial da Gestalt-terapia: resgatar o contato que a pessoa estabelece na sua existência e na sua forma de estabelecer relações. Quem sabe, ou (re)significando sua percepção e, se for necessário, construindo novos significados. O Gestalt-terapeuta será como um espelho onde tentaremos refletir a imagem que o cliente criou de si mesmo até o momento presente e quais as conseqüências disso, para que ele possa desta forma, enxergar seu próprio reflexo. Compreender quem ele está sendo naquele momento, naquele espaço, naquele tempo, naquela relação. E ajudá-lo a compreender e aceitar que ele está sendo o melhor que pode dentro de suas atuais possibilidades.

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    Perls, F (1977 ). Gestalt Terapia Explicada. São Paulo: Summus, 


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